13/07/2011
Você acredita na existência do inferno? O inferno realmente existe?
No estudo de hoje quero apresentar a resposta da Bíblia para essas perguntas. Na Bíblia encontramos três sentidos diferentes para a palavra inferno. No Velho Testamento, “inferno” é sempre traduzido da palavra hebraica “Sheol”. Já no Novo Testamento a palavra original é “hades”. Tanto Sheol quanto hades significam ou dão o sentido de “sepultura”. Salmo 116:3 e Mateus 11:23 são dois bons exemplos disso.
Inferno também significa um lugar em que há fogo consumindo. A palavra grega usada no Novo Testamento é “Geena”. Essa palavra tem o mesmo significado da hebraica “Hinon”. Hinon era um vale próximo a Jerusalém. Um lugar usado para depósito de lixo, de cadáveres de animais e de malfeitores, onde eram consumidos, queimados. No vale de Hinon havia fogo queimando continuamente, pois sempre colocavam mais material sujeito a queimar-se.
O terceiro sentido de inferno achamos na segunda carta de Pedro, capítulo 2 versículo 4. A palavra grega empregada nesse texto é: “Tartaroos”, que significa um lugar de trevas onde os anjos maus estão. Não significa um lugar de fogo ou tormento.
Se a palavra inferno na Bíblia tem sentido de sepultura, lugar de trevas onde estão Satanás e seus anjos, isso significa que os ímpios ou maus que já morreram não estão sofrendo agora?
Exatamente. Todas as pessoas que já morreram, conforme vimos em esudos anteriores e conforme garante a Bíblia, jazem na sepultura. Tanto bons quanto maus. Nada sabem, nada sofrem. Qualquer texto bíblico que se refira ao castigo dos ímpios, mediante o fogo, estabelece, com clareza, que isso se realizará depois do juízo, e do fim do mundo. O dia da retribuição ainda está no futuro. Os ímpios não receberão seu castigo antes que o juízo o determine. Eles serão reservados para o dia do juízo, para então receberem a recompensa ou castigo merecido. (Segunda carta de Pedro, capítulo 2:9).
Quando Jesus voltar algumas coisas interessantes irão acontecer. A primeira delas é a ressurreição dos justos, dos salvos. É a chamada “primeira ressurreição” (Primeira carta aos Tessalonicenses, capítulo 4, verso 16 e Apocalipse 20, versículo 6). Nesse mesmo tempo os justos vivos por ocasião da volta de Jesus são transformados (Primeira aos Coríntios, capítulo 15, versículo 52). Em seguida, todos esses justos transformados (os que ressuscitaram e os que já estavam vivos) são levados para o céu (Primeira aos Tessalonicenses, capítulo 4, versículo 17).
Os ímpios então serão destruídos (mortos) pelo resplendor da manifestação de Deus (Segunda aos Tessalonicenses, capítulo 2 versículo 8). A partir daí a terra fica desolada, vazia, pelo período de mil anos. (Apocalipse 20 versículos 1 a 3). Nesse período de mil anos os justos, no céu viverão e reinarão com Cristo (Apocalipse 20, versículo 4).
Completados os mil anos, a Jerusalém celestial será transferida para a Terra, juntamente com os salvos (Apocalipse 21, versículo 2). Quando isso acontecer os ímpios, desde o princípio do mundo, ressuscitarão para receberem o castigo merecido. Apocalipse 20, versículos 8 e 9, conta que Satanás moverá seus anjos e as hostes de ímpios a um último e desesperado ataque contra o povo de Deus. Mas, diz o texto bíblico, desce fogo do céu para consumir os ímpios de todos os tempos. A Terra inteira será transformada num lago de fogo (segunda carta de Pedro, capítulo 3, versículo 10; Apocalipse 20, versículo 10). Nesse “lago de fogo” desaparecerão para sempre Satanás, seus anjos e todos os ímpios. Diz Apocalipse 10, verso 15: “E se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” É o fim do pecado e pecadores.
Creio que vale a pena repetir: o castigo para os maus não acontece agora. O castigo virá depois do julgamento dos ímpios, depois dos mil anos. Só aí serão lançados no lago de fogo.
E esse sofrimento será eterno? Os maus queimarão para sempre?
Certas expressões da Bíblia podem dar a impressão de que o tormento dos ímpios não terá fim. Falando desse castigo, a Bíblia utiliza expressões como: “para sempre”, “para todo o sempre”, “eternamente”. Temos também outras como “fogo que nunca se acaba” ou “fogo inextinguível”.
O sentido de “para sempre” tem a ver com a duração de uma vida humana. Na carta de Paulo a Filemom, no verso 15, ele escreve dizendo que Onésimo, servo de Filemon, deveria pertencer ao seu senhor “para sempre”.
Temos também no primeiro livro de Samuel, capítulo 1, versículo 22, a afirmação de que Samuel deveria permanecer no templo/tabernáculo “para sempre”. Ou seja, até o final de sua vida.
Outro exemplo: Isaías, no capítulo 34, versículos 9 e 10, escreveu que ninguém passaria pela terra de Edon “para todo o sempre”. Entretanto, quem quiser hoje passar por onde era o país de Edon, pode. O sentido nesse caso é que a destruição de Edon seria completa e completa seria a sua desolação.
Muitas pessoas questionam a expressão “fogo eterno”, como a de Mateus 25, versículo 41, onde diz que os ímpios sofrerão a pena do “fogo eterno”. As cidades de Sodoma e Gomorra também sofreram a ação do “fogo eterno” e foram até postas por exemplo dos que terão de sofrer a mesma pena (Judas, versículo 7). Mas Sodoma e Gomorra foram totalmente destruídas, reduzidas a cinzas. Não estão queimando até hoje. (segunda carta de Pedro capítulo 2, versículo 6).
Jesus falou do “fogo que nunca se apaga” (Marcos 9, versos 47 e 48). Em Jeremias 17, verso 27, é dito que Jerusalém foi queimada com “fogo que nunca se acaba”. Mas Jerusalém não continua queimando até hoje. O sentido de “fogo que nunca se acaba” é: fogo que não se pode extinguir, que executa plenamente a sua obra destruidora. Terminada a destruição, o fogo pára de arder.
A Bíblia ensina que “o salário – o pagamento – do pecado é a morte” e não um tormento sem fim. O castigo dos ímpios é chamado de “segunda morte” (Apocalipse 20, versículo 14).
O castigo dos ímpios também é chamado na Bíblia de “obra estranha de Deus” (Isaías 28, versículo 21). Infligir sofrimento, destruir, não é segundo os sentimentos de Deus, porque Ele não tem “prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu mau caminho e viva.” (Ezequiel 33:11). Por isso, Deus, em tocantes palavras pede: “Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?”
Pedro também descreve a Deus dessa forma, dizendo que Ele tem muita paciência, “não querendo que nenhum se perca, mas que todos cheguem ao arrependimento” (Segunda carta de Pedro, capítulo 3, versículo 9).
Pense sobre isso. Deus está interessado e concentrado em salvar. Foi por isso que Jesus veio a este mundo. Hoje Ele espera, oferece novas oportunidades. Aceitaremos? Escolheremos ficar ao lado de Deus e dos salvos de todos os tempos? Espero que esta seja também a sua decisão.
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