domingo, 6 de novembro de 2011

Origem das Nações

sábado, 23 de abril de 2011

 Povos antigos das Américas eram muito parecidos com os povos antigos da África.





Recente estudo publicado na Revista Pesquisa FAPESP afirma que os primeiros habitantes do continente americano tinha uma enorme semelhança com os primeiros habitantes do continente americano, ao contrário do que se pensava antes e, portanto, criando polêmica sobre a chegada do ser humano às Américas. O artigo diz:

“O Homo sapiens não teria se diferenciado em raças ou tipos físicos distintos antes de se estabelecer em todos os continentes, inclusive nas Américas, o último grande bloco de terra, com exceção da gélida Antártida, conquistado pela espécie.”

O artigo é de uma revista evolucionista, portanto é natural que eles analisem os dados de acordo com a cosmovisão deles, todavia, as descobertas nos chama a atenção pela sua implicação aos que creem que a origem de todas as nações existentes hoje são provenientes dos três filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé, os únicos homens em idade fértil e vivos depois do Dilúvio descrito em Gênesis.

O livro histórico de Gênesis que relata a origem da vida na Terra e a história do ser humano neste planeta relata que Adão e Eva foram os primeiros habitantes de um planeta que já existia, mas “sem forma e vazio”, mas após oito gerações após Adão (Adão > Sete > Enos > Cainã > Maalalel > Jarede > Enoque > Metusalém > Lameque > Noé [Gn 5:1-32]) aconteceu uma grande inundação global e dali somente os que estavam presentes na Arca se salvaram: Noé, sua esposa, seus três filhos e três noras.

O artigo da Revista Pesquisa FAPESP se baseia no artigo científico do bioantropólogo Walter Neves (da Universidade de São Paulo – USP), Mark Hubbe e Katerina Harvati, que defendem esta idéia em sua publicação na revista American Journal of Physical Anthropology na edição de março/2011, seu artigo intitula-se Paleoamerican morphology in the context of European and East Asian late Pleistocene variaton: Implications for human dispersion into the new world.

“Depois de deixar o berço da humanidade, o homem penetrou na Ásia, que primeiramente serviu de base para a conquista de outros dois pontos importantes de globo, a Europa e a Austrália, e mais tarde um terceiro, as Américas.”

Os pesquisadores supracitados compararam 24 características anatômicas presentes nos crânios de seres humanos que viveram [de acordo com a cronologia evolucionista] entre 10 mil e 40 mil anos atrás na América do Sul, Europa e leste da Ásia com a de indivíduos da época atual. Foram confrontados ao todo 48 esqueletos antigos e 2 mil esqueletos atuais. Eles chegaram a seguinte conclusão:

“Independentemente da origem geográfica, os membros das populações antigas se assemelham mais a seus contemporâneos do passado do que aos humanos de hoje.”

Os traços físicos do ser homano africano que decidiu imigrar para regiões até então desconhecidas, eram praticamente os mesmos dos povos antigos que habitaram em continentes distantes, como as Américas, teriam vindo ao continente americano pelo estreito de Bering.






Pedro Paulo A. Funari em seu livro intitulado Os Antigos Habitantes do Brasil (p. 10-11) afirmam:

“Hoje, nós conhecemos o mundo bem melhor que os portugueses conheciam no século XVI. E ficou mais fácil entender que os asiáticos poderiam perfeitamente passar da Ásia para a América do Norte, e dai para a América do Sul, sem grandes dificuldades. Na região do Alaska, na América do Norte, existe um lugar chamado Estreito de Bering, onde a distância entre os lados americano e asiático é de noventa quilômetros. Portanto, os asiáticos poderiam muito bem ter realizado a travessia. Sabemos ainda que o nível das águas já foi bem mais baixo. E que havia uma passagem por onde alguns povos do Oriente atravessaram a pé. Após alguns milhares de anos, os descendentes desses povos teriam chegado a América do Sul. Essa é a explicação mais aceita hoje.”

As enormes semelhanças entre os povos antigos do continente americano com os povos antigos do continente afriano gera polêmica porque vai contra o “dogma” do evolucionismo que defende uma série evolutiva de seres humanos até sermos o que somos e como somos. Todavia, biblicamente esta pesquisa encontra harmonia com as Escrituras. Vejamos.

Adão e Eva foram os primeiros seres vivos do planeta, mas após o dilúvio apenas a família de Noé sobreviveu a esta catástrofe global, recebendo de Deus, portanto, a responsabilidade de repovoar a Terra, agora, com suas características bem diferentes, tanto no aspecto biológico e geológico. Sem, Cam e Jafé, com suas respectivas esposas muito provavelmente devem ter deixado a região onde a Arca repousou (expecula-se ser a Turquia, mas sem confirmações arqueológicas) e terem ido para lugares distintos a fim de obter moradia e povoar a Terra novamente. Vamos analisar cada um dos filhos de Noé:



SEM (Hebraico = um nome; renome)
Existem relatos que relacionam a origem dos povos de acordo com um filho específico de Noé. Segundo esta teoria, de Sem originaram-se os povos do Oriente Médio e Ásia (Semitas). Segundo a versão da enciclopédia virtual da Bíblia Mundo Bíblico, Sem foi um dos primeiros filhos de Noé a ser mencionado (Gn 5:32; Gn 6:10). Era provavelmente o mais velho dos filhos de Noé. O nome de Sem é geralmente mencionado em primeiro lugar na lista dos filhos de Noé. Ele e a sua mulher foram salvos do dilúvio (Gn 7:13). Noé preveu a sua proeminência em Canaã (Gn 9:23-27). Morreu com 600 anos, tendo sido, durante muito tempo, contemporâneo de Abraão, de acordo com a cronologia habitual [quando Abraão nasceu, Sem teria provavelmente cerca de 390 anos de idade]. A nação israelita descende dele (Gn 11:10-26; 1Cr 1:24-27).



CAM (Hebraico = Ardente ou Quente)
O filho mais moço, foi o que recebeu a maldição de Noé por ter-lhe faltado com respeito, visto sua nudez e aproveitado do momento de fragilidade do pai. Acerca deste filho a Bíblia nos faz duas referências: “feriu todos os primogênitos no Egito, as primícias da virilidade nas tendas de Cam” (Salmos 78:51) e “Então, Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cam” (Salmos 105:23).

Por estas citações, aceita-se que os descendentes de Cam deram origem aos povos da África, tendo em vista o sofrimento que este povo passou e passa até os dias atuais, me questiono se estas palavras “Maldito seja Canaã (filho de Cam); seja servo dos seus irmãos” (Gênesis 9:25) proferidas por Noé se cumpriram ou foi apenas coincidência de um povo tão sofrido, que em seu continente muitos morrem de fome e mesmo aqui no Brasil, muitos sofrem, em pleno século XXI, uma desigualdade tão grande.

Segundo a versão da enciclopédia virtual da Bíblia Mundo Bíblico, os Egípcios possuíam em seu vocabulário a palavra “cam” que era utilizado para nomear pessoas ou objetivos da cor “negra”. Um dos descendentes mais famosos de Cam foi Nimrod que estabeleceu a monarquia mais antiga da Terra, em Babilônia, um império primitivo de estirpe canita, raça análoga aos primeiros habitantes da Etiópia. Os canitas foram os mais enérgicos de todos os descendentes de Noé nos primeiros tempos do mundo pós-diluviano.



JAFÉ (Hebraico = Amplamente divulgado)
Este filho teria viajado mais que os outros e ido habitar mais ao norte e noroeste e deram origem aos povos Europeus, que por muito tempo fizeram escravos os povos africanos (filhos de Cam), conforme Gênesis 9:27 que diz: “Engrandeça Deus a Jafé (...) e Canaã lhe seja servo”. Um detalhe importante é que a presciência de Deus, ou seja, o fato dEle saber todas as coisas antes que elas ocorram não determinam que elas sejam assim, Ele apenas sabe previamente o fim.

Segundo a versão da enciclopédia virtual da Bíblia Mundo Bíblico, Jafé provavelmente era o filho do meio (Gênesis 10:21), foi também o pai de muitas tribos (Gênesis 10:2-5) que habitaram o Leste da Europa e Norte da Ásia. É importante notar que a ciência etnológica moderna, raciocinando a partir de uma cuidadosa análise dos fatos, chegou à conclusão de que existe uma divisão tripla na família humana, correspondendo, de um modo notável, ao grande capítulo etnológico do livro de Gênesis (10). As três grandes raças assim distinguidas são chamadas semíticas, arianas e turanianas (alofilianas).

Pondo de lado os casos em que os nomes éticos usados têm uma aplicação duvidosa, não pode ser racionalmente questionado que o autor tenha tido em conta os filhos de Jafé, classificando-os juntamente com os Galeses ou Celtas (Gomer); os Medos (Madai) e os Ionianos ou Gregos (Javan), antecipando, assim, o que se tornou conhecido, nos tempos modernos, como a Teoria Indo-Europeia, ou a unidade essencial da raça ariana (asiática) com as raças principais da Europa, indicada pelos Celtas e pelos Ionianos. Nem se pode duvidar que tenha colocado sob o tronco comum dos “filhos de Sem”, os Assírios (Assur); os Sírios (Arã); os Hebreus (Eber) e os Árabes Joctanianos (Joctã), quatro das principais raças que a etnologia moderna reconhece sob a designação de “semíticas”. Novamente, sob o tronco dos “filhos de Cam”, o autor colocou Cusí, i.e., os Etíopes; Mizraim - o povo do Egito; Sebá e Dedã - alguns dos Árabes do sul; e Ninrode - o antigo povo da Babilônia, quatro raças entre as quais as últimas investigações linguísticas estabeleceram uma afinidade íntima.



CONCLUSÃO
Apesar de termos invadido o campo das conjecturas, vejo nas evidências apresentadas pelo pesquisador da USP e seus colaboradores como forte indicadores de que muito provavelmente os descendentes de Jafé, filho de Noé, tenha sido os primeiros a habitar em continente americano e as enormes semelhanças entre estes povos demonstra ser uma evidência científica que eles faziam parte de uma família.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FUNARI, Pedro Paulo A. Os antigos habitantes do Brasil. Editora UNESP, 2001, p. 10-11.
PIVETTA, Marcos. Como nossos pais. Revista Pesquisa FAPESP, n. 182, abr. 2011, p. 20-23.

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