A descoberta doObelisco Negro de Salmanasar III foi um marco importante para a arqueologia bíblica. O Obelisco foi descoberto na cidade de Calah (antiga Ninrode – cidada Assíria) por uma equipa comandada pelo arqueólogo britânico Henry Layard e encontra-se atualmente em exposição no Museu Britânico.
Os especialistas em escrita cuneiforme começaram a traduzir as quase 200 linhas de textos presentes no artefacto. Elas falavam de vários governantes de diversos lugares que haviam presenteado o rei assírio Salmanasar III e prestado homenagem, prostrando-se diante dele.
Vários nomes estavam no texto: Marduk-apil-usur, rei de Suhi, Qalparunda, rei de Patin, Jeú, rei de Israel… Rei de Israel? Sim, o obelisco encontrado por Layard continha o nome de um rei de Israel que a Bíblia também menciona. E, para surpresa geral, havia uma “foto”, um relevo de Jeú ajoelhado diante do monarca assírio!
O texto, que está logo após o relevo do personagem bíblico, diz: “O tributo de Jeú, filho de Onri: prata, ouro, tigelas de ouro, cálices de ouro, copos de ouro, vasos de ouro, chumbo, ceptros para o rei e hastes de lança eu recebi.“
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Este Obelisco revela a harmonia entre a cronologia bíblica e a cronologia assíria. As coisas aconteceram tal como estão relatadas na Bíblia. Segundo a bíblia, Jeú reinou em Israel entre 841 A.C. e 814 A.C.. Segundo a cronologia assíria, Salmanasar III reinou entre 859 A.C. e 824 A.C..
Apesar dos esforços do rei Jeú em exterminar o culto a Baal, a bíblia diz-nos que “Jeú não teve o cuidado de andar de todo o seu coração na lei do Senhor Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, com os quais este fez Israel pecar” (II Reis 10:31). Mal sabia Jeú que a sua vassalagem ao rei assírio ficaria registada em “foto”.
Mais uma vez, a arqueologia autentica a historicidade da Bíblia.
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REFERÊNCIAS OU NOTAS:
- Halley, H. (1983) “Manual Bíblico”, São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Nova Vida, pág. 191.
Nota
A arqueologia é capaz de comprovar inúmeros episódios bíblicos, derrubando por terra a ideia de que a Bíblia seria um livro de histórias fictícias ou mesmo lendárias que teriam por fim unicamente ilustração de lições práticas. Um pouco de conhecimento de cultura hebraica é importante para entender que os hebreus raramente registram lendas. Na cultura hebraica registra-se apenas o conhecimento palpável. Estariam os céticos dispostos a reconhecer a autenticidade mais que comprovada da Bíblia?
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