quarta-feira, 16 de abril de 2014

A sua boa ideia pode não ser a de Deus


A inclinação natural de uma vida cristã é agir sob o impulso de uma boa ideia. Mas nem todas as boas ideias vem de Deus. Há ocasiões em que boas ideias até atrapalham as ideias de Deus.
De onde vem a sua inspiração? A visão da transfiguração de Cristo inspirou Pedro: “… Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para Ti, um para Moisés e um para Elias” (Mateus 17:4). Nosso impulso natural é fazer algo de bom por Deus e sugerir isso a Ele.
A tendência de alguém bem intencionado é elaborar um plano para praticar uma ideia salutar e depois orar: “Jesus, este é o meu plano. Ele não faz mal a ninguém e eu quero agradar ao Senhor. Abençoe o meu plano, Senhor”. Tem-se um plano, depois vem a oração.
Assim, muitas de nossas ideias se originam de um ímpeto. Elas não são aquilo que o Senhor deseja fazer. E muitas vezes não têm qualquer semelhança com as coisas que dizem respeito a Ele. Temos ideias construtivas que não são as ideias de Deus, gerando um conflito entre a agenda de Deus e a nossa. Queremos construir um abrigo para Ele, mas isto não é o que Ele quer…
Quando Pedro, Tiago e João ouviram a voz do Senhor… abandonaram suas próprias ideias criadoras. A presença do Senhor era magnificável, e Sua santidade fez com que recuperassem o bom-senso. Jesus conquistou a atenção deles não através da repreensão ou de uma severa censura, mas pela exaltação da própria presença até que toda a engenhosidade das ideias humanas perdesse o brilho diante da Sua face refulgente.
Quando os discípulos abandonavam suas boas ideias e se prostravam perante o Senhor, Jesus podia novamente trabalhar com eles…
Jesus vem e nos toca da mesma maneira quando abandonamos o nosso próprio plano. Do contrário, Ele não pode nos ajudar. Portanto, temos de abandonar nosso maravilhoso projeto e nos inclinar perante Ele. Somente assim Ele será capaz de nos usar novamente e nos revelar o que está fazendo – realizando uma ideia divina… Isto significa orar, e depois planejar. Através da oração, Jesus nos revela o Seu plano, que é uma ideia dos céus.
A oração elimina o impulso das ideias salutares que nascem da engenhosidade humana, mas que não vêm de Deus. Ore, então planeje. Era este o costume dos santos resignados. 
Fonte:Patrick M. Morley


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