quarta-feira, 14 de março de 2012

Fóssil de dentes em Israel pode mudar teoria da evolução humana



Descoberta pode questionar teoria de que 'Homo sapiens' se originou na África.




Fósseis de dentes podem questionar teoria aceita
sobre origem do 'Homo sapiens'. (Foto: Reuters)

Fósseis de dentes de 400 mil anos podem mudar a teoria da evolução humana, segundo arqueólogos israelenses que o encontraram. Os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv acreditam que os dentes seriam de seres humanos modernos, tornando o fóssil a mais antiga evidência da existência de um Homo sapiens. A teoria aceita atualmente é a de que os Homo sapiens se originaram na África há cerca de 200 mil anos antes de se espalhar pelo mundo. Os fósseis de dentes foram encontrados durante as escavações da caverna de Qesem, um sítio pré-histórico encontrado em 2000, a 12 quilômetros ao leste de Tel Aviv, em Israel. A descoberta foi relatada em um artigo publicado na revista especializada American Journal of Physical Anthropology. Paradigmas O coordenador do estudo, Avi Gopher, diz que mais pesquisas são necessárias para comprovar a teoria de seus pesquisadores, mas afirma que a descoberta tem o potencial de mudar o conceito da evolução humana. "A datação da caverna mostra que a presença do Homo sapiens nesta parte do mundo é mais antiga do que as outras evidências que tínhamos até então", afirma Gopher. "Esta conclusão pode ser de grande importância, porque pode ser a primeira evidência para mudar alguns dos paradigmas que usamos em termos da evolução humana." A equipe da Universidade de Tel Aviv analisou os fósseis com raios-X e tomografias computadorizadas. A datação foi feita com base na análise da camada de terra na qual eles foram encontrados. Segundo a teoria aceita atualmente, os humanos modernos e os neandertais se originaram de um ancestral comum que vivia na África há cerca de 700 mil anos.Um grupo que migrou para a Europa se desenvolveu nos neandertais antes de serem extintos. Outro grupo, que permaneceu na África, teria gerado os seres humanos modernos, ou Homo sapiens.

Fonte:G1

'Homo sapiens' chegou à Europa antes do que cientistas pensavam

Estudos independentes mostram evidências da ocupação europeia. Homem moderno teria convivido com neandertal há mais de 40 mil anos. Do G1, em São Paulo 2 comentários Dois estudos independentes divulgados nesta quarta-feira (2) indicam que o homem moderno (Homo sapiens) teria chegado à Europa alguns milênios antes do que os cientistas imaginavam. Os dois trabalhos são reanálises de fósseis encontrados na Itália e no Reino Unido. Os ossos italianos – na verdade, dois dentes -- foram descobertos em uma caverna em 1964. As primeiras análises indicavam que eles eram de neandertais, que são considerados uma espécie separada do Homo sapiens. Agora, no entanto, uma equipe de antropólogos da Universidade de Viena afirma que eles são mesmo ossos de homens modernos.

                                       



Da esqueda para a direita, réplicas de crânio de neandertal de 38 mil anos, do osso de mandíbula estudado pela equipe britânica e de crânio de 'Homo sapiens' de 35 mil anos (Foto: Natural History Museum )

Análises feitas por um laboratório apontam que os fósseis têm entre 43 mil e 45 mil anos. Os cientistas até agora só tinham encontrado provas diretas da presença de H. sapiens no continente com idades entre 39 mil e 41 mil anos.

Os dois exemplares seriam, portanto, as evidências mais antigas da presença de homens modernos no continente europeu. Com isso, o período de coexistência entre o Homo sapiens e os neandertais também passa a ser bem maior do que se pensava.
O outro estudo foi feito a partir de um fóssil de mandíbula de um exemplar de Homo sapiens, encontrado em Torquay, no Reino Unido, em 1927. Os primeiros estudos do material diziam que ele tinha cerca de 35 mil anos. Mas uma técnica mais avançada mostra que eles têm, na verdade, de 41 mil a 44 mil anos.
Os resultados dos dois grupos foram apresentados na revista Nature.



Acima, osso de mandíbula do Reino Unido. Abaixo, dente encontrado em caverna na Itália (Foto: Chris Collins (Natural History Museum, London) and Torquay Museum / Stefano Benazzi. )

 




África teria sido berço de toda linguagem humana

A língua se expandiu junto com o ser humano, sugere estudo. Pesquisador aplicou na linguística um conceito da genética. 15/04/2011 Uma pesquisa publicada pela “Science” mostra que a origem da língua falada está na África. Já se sabia que o homem moderno surgiu no continente e, com este estudo, vem a hipótese de que existe uma relação entre os dois aspectos. “As línguas se espalharam da mesma maneira que nós expandimos, essa é a conclusão do artigo. Não levamos só os nossos genes, levamos a língua também”, afirmou ao G1 Quentin Atkinson, professor da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, autor da pesquisa. “Uma hipótese para por que conseguimos expandir tão rapidamente a partir da África é que a língua complexa foi uma inovação, uma vantagem real para nós, permitindo que cooperássemos e nos coordenássemos em grupos, mais que qualquer outro hominídeo”, explicou o cientista. Embora não possa afirmar com certeza, ele calcula que as línguas complexas tenham surgido entre 50 mil e 70 mil anos atrás. A pesquisa não consegue precisar de que lugar na África vêm as línguas faladas, consegue precisar apenas que é na África Subsaariana. Por outro lado, as línguas consideradas mais recentes são as da região da Polinésia e as originais da América do Sul, como o Tupi e o Guarani. "Efeito fundador em série" Para rastrear as origens da língua falada, Atkinson aplicou na linguística um conceito da genética chamado “efeito fundador em série”. “Quando há uma expansão, uma população pequena se separa e vai para outro território. Quando ela faz isso, leva junto apenas uma parte da diversidade da população original. Isso é chamado de ‘efeito fundador’”, explicou. “Isso pode acontecer muitas e muitas vezes, e é chamado de ‘efeito fundador em série’”, completou, em sua definição. Em vez de genes, a pesquisa analisou fonemas. As línguas que apresentassem maior diversidade de sons, fossem eles vogais, consoantes ou tons – variação de fala que não existe em português e é usada, por exemplo, no mandarim. De acordo com o conceito do “efeito fundador em série”, as línguas que apresentassem mais diversidade estariam mais próximas do ponto de origem, e vice-versa. Na pesquisa, foram analisadas 504 idiomas. Segundo o pesquisador, foram amostras selecionadas com critérios geográficos, já que há mais de 6 mil línguas no mundo. Fonte:G1

Ferramentas podem reestabelecer data de extinção dos Neandertais


Artefatos foram descobertos na Rússia, quase no Círculo Polar Ártico.
Vestígios mais antigos de Neandertal eram de 37 mil anos; estes têm 33 mil.



 Faca de cunha (em cima) e 'levallois' (embaixo)
 foram os tipos de ferramentas encontrados
 (Foto: Hugues Plisson/Science/AAAS/Cortesia)






13/05/2011
Cientistas encontraram no sítio arqueológico de Byzovaya, na Rússia, ferramentas de 33 mil anos atrás que são típicas do homem de Neandertal. Até a descoberta, os vestígios mais recentes que se tinha da espécie eram de 37 mil anos atrás, ou seja, Neandertais e humanos modernos teriam convivido por mais tempo que o estimado. Os tipos de ferramentas encontrados – ambos de pedra – foram a faca de cunha e a que os cientistas chamam de “levallois”, uma pedra que servia para lascar outras pedras. Ao todo, foram encontrados 313 artefatos, além de restos de mamutes e outros animais. No entanto, não foi encontrada nenhuma ossada, o que não permite confirmar definitivamente a presença da espécie. A equipe de pesquisa foi liderada por Ludovic Slimak, do Centro Nacional de Pesquisa Científica, da França, e o trabalho foi publicado num artigo da revista “Science”. Byzovaya fica a uma latitude de 65ºN, bem perto do Círculo Polar Ártico. “O mais importante é a questão geográfica. É mais de mil quilômetros a norte de qualquer outro vestígio já encontrado”, disse Slimak ao G1. Os vestígios mais antigos do homem de Neandertal são de 300 mil anos atrás, na Europa Ocidental, e os achados sugerem que a Rússia tenha sido o último refúgio. Segundo o especialista, é possível que haja traços da espécie em outros pontos da Sibéria. Um problema encontrado pelos pesquisadores são as condições climáticas. “É muito difícil trabalhar na região. Dá para ficar lá em julho e agosto, mas em setembro já é arriscado”, afirmou Slimak, referindo-se ao verão do Hemisfério Norte. Ele pretende fazer mais visitar mais sítios na região, em busca de provas mais contundentes, e sua próxima pesquisa na área deve ser em 2012.

Fonte:G1

Ossos achados na China podem ser de espécie humana desconhecida

14/03/2012
Anatomia mistura traços de humanos arcaicos e modernos. Estudo foi publicado pela revista científica 'PLoS One'. Fósseis de pelo menos três indivíduos descobertos em uma caverna na China, e que datam da Idade da Pedra, pertenceriam a uma espécie humana até agora desconhecida, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira (14). Os fósseis mostram que estes indivíduos tinham características anatômicas muito diferentes, uma mistura de traços humanos arcaicos e modernos, destacaram estes paleoantropólogos na revista científica americana "PLoS One". Esses indivíduos viveram entre 11.500 e 14.500 anos atrás. É a primeira vez que os restos de uma nova espécie que viveu em um período tão próximo ao atual são encontrados no leste da Ásia, disseram os especialistas. Estes fósseis são um raro aporte a uma etapa da evolução humana recente e ao começo do povoamento da Ásia. Este grupo é contemporâneo aos humanos modernos (Homo sapiens) do começo da agricultura na China, uma das mais antigas do mundo, disseram os pesquisadores, liderados pelos professores Darren Curnoe, da Restos humanos de mais de 11 mil anos atrás,
encontrados na China (Foto: Divulgação/PLoS One)Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), em Sidney, Austrália, e Ji Xueping, do Instituto de Arqueologia de Yunnan (sul da China). saiba mais Cientistas descobrem primeiro lençol da história, feito há 77 mil anos Não-africanos são parte neandertais, diz estudo Ferramentas podem reestabelecer data de extinção dos Neandertais Os paleoantropólogos foram cautelosos, contudo, em relação à classificação desses fósseis, devido ao incomum mosaico de características anatômicas que revelam. "Estes novos fósseis poderiam ser de uma espécie até agora desconhecida, uma que sobreviveu até o final da Era do Gelo há cerca de 11 mil anos", disse Curnoe. "Também poderiam descender das tribos de humanos modernos desconhecidos até agora, que emigraram da África muito antes e que não contribuíram geneticamente a populações modernas", acrescentou. Os fósseis, que incluem crânios e dentes de, pelo menos, três pessoas, foram encontrados em 1989 em Maludong, ou Cova do Cervo Vermelho, na província de Yunnan, mas não foram estudados até 2008. Um quarto esqueleto parcial tinha sido encontrado em 1979 em uma caverna no povoado de Longlin, na vizinha Região Autônoma Zhuang de Guangxi, mas permaneceu incrustado na rocha até ser finalmente extraído em 2009. "Este descobrimento abre um novo capítulo na história da evolução humana -- o capítulo da Ásia -- e é uma história que apenas começa a ser contada", disse Curnoe.

FONTE:G1

Cientistas descobrem na China homem desconhecido que conviveu com o moderno




Fósseis encontrados em duas cavernas do sudoeste da China revelaram a existência de agora desconhecido da Idade de Pedra com uma incomum mistura de traços físicos arcaicos e ma nova pista sobre a adiantada evolução humana na Ásia.
Com idades entre 14,5 mil e 11,5 mil anos, os fósseis são de homens que conviveram com seres humanos modernos (Homo sapiens) em uma época em que a agricultura estava em seu princípio na China, revelou uma equipe internacional de especialistas no estudo publicado na revista "PLoS One".
Até agora não haviam sido achados no leste do continente asiático fósseis humanos de menos de 100 mil anos de antiguidade que se diferenciassem fisicamente do Homo sapiens atual, o que levou os cientistas a pensarem que nessa região não havia antecessores dessa espécie quando apareceram os primeiros homens modernos, uma teoria que essa última descoberta põe em dúvida.
"Esses novos fósseis podem ser de uma espécie antes desconhecida que sobreviveu até o final da Idade do Gelo, há 11 mil anos", indicou Darren Curnoe da Universidade de Nova Gales do Sul, da Austrália, que liderou o estudo junto com Ji Xueping do Instituto de Arqueologia e Relíquias Culturais de Yunnan chinês.
Conforme Curnoe, a outra opção seria que os fósseis se tratassem de representantes de uma migração da África muito adiantada e desconhecida de homens modernos que, no entanto, não contribuíram geneticamente para o homem atual.
Os restos de três indivíduos foram encontrados em 1989 por arqueólogos chineses em Maludong (a caverna dos cervos vermelhos) perto da cidade de Mengzi, na província de Yunnan, mas só começaram a ser estudados em 2008 por cientistas chineses e australianos.
Um quarto esqueleto parcial apareceu em 1979 em uma caverna em Longlin, na região autônoma de Guangxi Zhuang, mas permaneceu no bloco de pedra onde foi descoberto até 2009, quando foi reconstruído.
Os crânios e dentes de Maludong e Longlin são muito similares entre si e representam uma mistura incomum de características anatômicas arcaicas e modernas.
Os cientistas chamam esses homens de "povo dos cervos vermelhos", já que caçavam esses animais hoje extintos e os cozinhavam na caverna de Maludong.
"A descoberta do povo dos cervos vermelhos abre um novo capítulo na história da evolução humana - o asiático - e é uma história que só agora está começando a ser incluída", afirmou Curnoe.
Embora a Ásia conte atualmente com mais da metade da população mundial, os cientistas ainda sabem pouco sobre como os humanos modernos evoluíram nessa localidade depois que seus ancestrais se fixaram na Eurásia há cerca de 70 mil anos.
Até o momento os estudos sobre as origens humanas se centraram principalmente na Europa e na África, devido em grande parte à ausência de fósseis na Ásia e ao desconhecimento da antiguidade dos poucos restos encontrados nessa zona.

Fonte:Redação Central, 14 mar