quarta-feira, 30 de abril de 2014

400 ou 430 anos de escravidão?


Hoje quero continuar falando de Abraão e de uma profecia preocupante que Deus fez para ele e seus descendentes. Isso aconteceu mais ou menos no ano de 1913 a.C. “Então disse o Senhor a Abrão: sabe, com certeza, que peregrina será a tua descendência na terra alheia, e será reduzida a escravidão, e será afligida por quatrocentos anos” (Gênesis 15:13).  Guarde bem este numero. Quatrocentos anos seria o tempo que os descendentes de Abraão seriam afligidos.
Deus disse a Abrão que o tempo de espera para que seus descendentes tomassem posse de Canaã seria de 400 anos. Isso deve tê-lo assustado um pouco. Seria um bom tempo. E ele nem filhos tinha ainda. E, pior, seriam escravizados por muitos anos!
O mais curioso dessa história é que Moisés, ao sair com os descendentes de Abrão do Egito, declarou que os dias em que lá ficaram foram 430 anos (Êxodo 12:40). E não 400, como Deus profetizara.
Gálatas 4:29 conta que Isaque foi perseguido por Ismael desde pequeno. Os netos de Abraão (Esaú e Jacó) também tiveram problemas. Em seguida vem José, primeiro como escravo e depois governador egípcio. Após a morte de José, finalmente, começa a grande opressão aos hebreus.
A profecia estava se cumprindo fielmente. Porém, fica aberta a questão: um texto diz 400 e o outro 430 anos. Tem algum erro ou contradição por aqui? A Bíblia contém erros ou está errada? Como resolver esse aparente problema de datas? 400 ou 430 anos?
Vamos para a Bíblia? Êxodo 12:40 diz que o tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de 430 anos. Isto parece nos dar a entender que os hebreus estiveram realmente 430 anos no Egito, isto é: desde a entrada dos filhos de Jacó até a saída do cativeiro. Veja agora Gálatas 3:16 e 17: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente. A Escritura não diz: e a seus descendentes, como falando a muitos, mas como de um só: e a teu descendente que é Cristo. Mas digo isto: Que tendo sido o testamento confirmado por Deus , a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não invalida, de forma que venha abolir  a promessa”.
Note o detalhe importante que Paulo destaca: a lei foi promulgada no Sinai 430 anos depois do pacto entre Deus e Abraão. Se Paulo se refere a primeira promessa feita a Abraão, quando ele estava em Harã (Gênesis 12:1-3), os 430 anos começaram quando Abraão tinha 75 anos de idade.
Já os 400 anos de aflição iniciaram 30 anos depois, quando Abraão tinha 105 anos e seu filho Isaque apenas 5. Gálatas 4:20: “Mas, como então o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também é agora”.
O problema para Abraão começou quando Ismael nasceu. Ismael era seu filho com a escrava Hagar. Havia conflito entre Hagar e Ismael contra Sara e Isaque. Era uma disputa ferrenha entre as duas mulheres e Abraão estava no meio dessa confusão. E as crianças também!
Há outro detalhe importante. O tempo exato desde o chamado de Abraão até a entrada de Jacó no Egito foi de 215 anos (Gênesis 12:4; 21:5; 25:26; 47:9). Assim, os 215 anos restantes dos 430 foi o tempo que os filhos de Israel de fato ficaram no Egito.
Por esta razão os 430 anos, mencionados por Moisés, devem ser considerados desde o chamado de Abrão em Harã, a sua permanência e de seus descendentes em Canaã, e a sua estada no Egito, até o Êxodo. O texto de Êxodo 12:40 foi traduzido pela Septuaginta desta forma: “A permanência dos filhos de Israel, enquanto habitaram na  terra do Egito e na terra de Canaã, foi de 430 anos”. Inclusive na era patriarcal os faraós consideravam Canaã como de sua propriedade.
Portanto, foram dois longos períodos de anos. Ambos terminaram ao mesmo tempo. Os 430 anos começaram quando Abraão foi chamado para sair de Harã em direção à terra prometida. Já os 400 anos passam a contar 30 anos mais tarde, quando Isaque já estava com 5 anos e acontecem as brigas e conflitos entre as duas mulheres de Abraão e os dois filhos. Tudo por que o pai da fé não soube esperar e confiar em Deus, tendo um filho (Ismael) com uma escrava.
O que podemos aprender desta profecia? Primeira lição: Deus não estava destinando um grupo para sofrer. Deus não destina uns para uma vida cheia de bens e fartura e outros para a miséria e a pobreza. Não há destino para o mal da parte de Deus. O destino da parte de Deus é para a salvação. Deus não predestina uns para a salvação e outros para a perdição. A Bíblia não apóia a predestinação para o mal. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o seu beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:5).
A segunda lição que precisamos aprender é que na Bíblia não há contradição. As contradições estão em nossa mente, em nossa maneira de pensar, e nunca na palavra de Deus. Muitas pessoas dizem que não lêem a bíblia porque encontram contradições nela. Me perdoe, mas essa é uma desculpa esfarrapada de quem não está disposto a pesquisar o Livro de Deus.
Fonte:

Encontro com as profecias(Amilton Meneses).

TRINDADE:UM DOGMA DE CONSTANTINO?


Grupos antitrinitarianos dissidentes do adventismo tem alegado que a doutrina foi formulada no Concílio de Nicéia(325 d.C.),sob influência do imperador romano Constantino.Entre os vários ataques produzidos por movimentos antitrinitarianos está o argumento histórico de que a Trindade é fruto do Concílio de Nicéia e constitui,portanto um dogma de Constantino.Tal alegação pode ser encontrada tanto em sites da Internet quanto nos materiais publicados por grupos dissidentes do adventismo.Em matéria veiculada pelo site www.adventistas.com(que não é da Igreja adventista)Ennis Meier declarou que o Concílio de Nicéia deu origem à crença em três deuses.A crença na Trindade de pessoas Divinas não teve origem na Bíblia,o primeiro concílio ecumênico da história,no qual participaram 318 bispos no ano 325 d.C da era cristã.Constantino não foi um Papa,mesmo que tenha agido como líder da Igreja,nalgum momento nunca arvorou para si o título de Pontífex Maximus do cristianismo.Ademais,o bispo de Roma não possuía no quarto século o poder político absolutista que faria do papado a maior autoridade no mundo ocidental.Logo,seria estranho vincular Constantino como Pontífex Maximo.Há também outro site que promove ateísmo,outro escritor que se denomina “irmão X”também se valeu da contundente afirmação de que Constantino começa a criação da Trindade.Ele ainda acrescenta que o voto dos bispos a favor da posição trinitariana se deu por pressão do Imperador,que precisava do respaldo conciliar.Ora,o estranho é que Constantino não se valia de votos para fazer cumprir seus desígnios,apenas expedia um decreto(como o fez no edito de Milão e  no decreto dominical,07/03/321),e todos se sujeitavam.Por que então,no caso da Trindade,dependeria do apoio episcopal da Igreja?Esta questão não parece ter sido avaliada por nenhum dos artigos até agora apresentados.E no site “irmão X” ele cita que foi no ano 325 que fora instituído a guarda do domingo,ele comete um erro de natureza histórica ao vincular o domingo ao Concílio de Nicéia-pois é sabido que o decreto dominical de Constantino  data  quatro anos antes do Concílio(321 d.C),e sua conclusão deve ser bem analisada para ser bem compreendida.Para ele,uma vez que Constantino convocou a reunião,conclui-se que o mesmo homem que promulgou a primeira lei dominical foi o pai do dogma da Trindade.O objetivo desse artigo,é avaliar a procedência histórica de tal afirmação,ou seja,seria a Trindade um dogma de Constantino?Suas origens se devem ao Concílio de Nicéia?Para responder a estas perguntas,é necessário que percorramos aos escritos dos primeiros pensadores cristãos que viveram entre o segundo e o terceiro século,isto é,imediatamente depois do período apostólico e antes do Concílio de Nicéia.
USO DO TERMO TRINDADE ANTES DE NICÉIA
Uma verificação no Index da Ante-Nicene Fathers e da Sources Chrétiennes que formam a coleção de todos os escritores cristãos mais antigos(inclusive os anteriores a Nicéia)nos mostra que muito antes do Concílio,a crença na Trindade já havia sido sistematizada entre os cristãos.Aliás,o próprio termo latino Trindade foi usado em 212 d.C,por Tertuliano,113 anos antes de Nicéia!Falando da Igreja de Deus,ele menciona o Espírito no qual está a Trindade de uma Divindade:Pai,Filho e Espírito Santo(in quo est trinitas unius diuinitaris,Pater ET Filius ET Spiritus sanctus).A tradução latina da obra de Orígenes também menciona o termo ao considerar que o batismo de salvação não está completo a não ser que seja exercida pela autoridade da excelentíssima Trindade de todos eles,que é constituída do Pai,do Filho e do Espírito Santo.Tal comentário torna-se relevante se entendermos que,talvez já nesse tempo,houvesse alguma controvérsia quanto à fórmula batismal e a genuinidade de Mateus 28:19.Teófilo escrevendo quase meio século antes de Tertuliano e Orígenes,usa a expressão “TriadoV”,que certamente seria uma equivalência semântica de trinitas ou original em grego.Note a comparação poética que ele usa ao relacionar a Trindade ao primeiro capítulo de Gênesis:Os três dias que estão antes dos luminares(da criação)são tipos da Trindade(TriadoV)de Deus.Levando-se em consideração que Teófilo fala de tipos da Trindade,é razoável supor que ele não esteja falando de algo novo ou criando um neologismo(palavra,ou expressão nova).A expressão textual supõe o uso de um termo já conhecido entre os leitores.Logo,não seria estranho imaginar que o mesmo vocábulo aparecesse em outros escritos do mesmo período que se encontram perdidos em nossos dias.Assim,retrocede para cerca de um século e meio antes de Nicéia o uso técnico do termo Trindade,legitimamente reconhecido na literatura cristã.Mas talvez alguém pergunte:Por que esse termo não aparece na Bíblia?Para responder a esta questão é preciso compreender que a partir do século segundo,o centro missiológico da Igreja, transferiu-se em definitivo  do ambiente judeu-palestino para o mundo Greco-romano.A Igreja viu-se,então,obrigada a expressar sua fé de um modo compreensível para aqueles que não vinham de uma cultura vétero-testamentária,mas tinham seu pensamento regido pelos conceitos da filosofia grega.Questão ontológicas antes não sistematizadas começaram a invadir os círculos cristãos,e deste modo,os escritores tiveram de cunhar termos helenísticos para tornar inteligível a fé do Novo testamento.
CONCEITOS PATRÍSTICOS SOBRE A TRINDADE
Clemente de Roma,que viveu no fim do primeiro século,escreveu por volta do ano 96 d.C,uma carta de conforto aos cristãos de Corinto,que estavam sendo perseguidos por Domiciano.Ao falar da união da Igreja ele diz:”Não temos todos nós um único Deus e um único Cristo?E não há um único Espírito da Graça derramado sobre nós?Embora este não seja um texto de defesa da Trindade,chama-nos a atenção sua linguagem trinitariana que subentende uma ideia triúna de Deus.Outros autores são mais claros em sua exposição.Inácio(105 d.C),que foi o segundo sucessor de Pedro como pastor em Antioquia,também ensinava a doutrina da Trindade.Nessa época existiam pessoas ensinando doutrinas contrárias à fé dos apóstolos,entre seus ensinos equivocados estaria a ideia de que o Espírito Santo não existe e que o Pai,o Filho e o Espírito Santo seriam a mesma pessoa.Justino,congnominado o “Martir”,foi outro que escreveu várias apologias em favor do cristianismo e contra a supremacia da filosofia grega.Num de seus textos,concluído por volta de 160 d.C,ele diz:Já  que somos considerados ateus ,nós admitimos nosso ateísmo em relação a estes(vários tipos de deuses do politeísmo),mas no que diz respeito ao verdadeiro Deus,o Pai da Justiça e temperança,ao Filho e ao Espírito Profético (Santo),saibam que nós os adoramos e reverenciamos.Atenágoras,também respondendo à acusação de serem os cristãos chamados de ateus por não aceitarem o politeísmo pagão,escreveu em 175 d.C:”Ora,quem não ficaria perplexo em ouvir chamar de ateus pessoas que pregam de Deus o Pai,de Deus o Filho e do Espírito santo e que declaram serem um no poder,mas distintos na ordem?Irineu de Lion é outro importante autor deste período,convertido na adolescência,ele foi discípulo de Policarpo,que por sua vez,foi discípulo do apóstolo João.Sua principal obra,intitulada Contra Heresias”,dispõe de cinco volumes e foi escrita por volta de 177 d.C.Respondendo às ideias gnósticas de seu tempo,ele toma o cuidado de diferenciar,por exemplo,o fôlego (espírito)de vida dados às criaturas em geral,do Espírito Santo,que é Deus habitando com o crente.Hipólito(205 d.C),autor do mais antigo comentário de Daniel de que dispomos,disse que a terra é movida por estes três:”O Pai, o Filho e o Espírito santo”.Noutra passagem,após citar a fórmula batismal em nome do Pai,do filho e do Espírito Santo,ele demonstra que já no seu tempo havia os que negavam esta doutrina,pois diz:””Qualquer um que omitir um destes três,falha em glorificar a Deus de um modo perfeito,pois é por meio desta Trindade(TriadoV)que o Pai é glorificado.Sendo o último teólogo de peso a escrever em grego e não em latim,Hipólito merece um destaque por ter sido,nas palavras de W.Walker,um dos primeiros antipapas da história.Ele foi veemente em sua oposição a Calixto,bispo de Roma,que já naqueles idos pretendia a centralização do poder.Calixto chegou a disciplinar Hipólito por sua teologia acerca do Logos divino,o que demonstra que seus conceitos trinitarianos provinham de sua consciência,e não de uma imposição arbitrária do bispo de Roma.Cipriano(250 d.C),que também cita como válida a fórmula batismal mateana,explicando que ele o evangelista,sugere aqui a Trindade,na qual as nações foram batizadas.
O QUE ACONTECEU EM NICÉIA?
Por volta de 325 d.C,a Igreja estava dividida por polêmica teológica iniciada no Egito.Um grupo liderado por Ário e Eusébio de Nicomédia,ensinava que Cristo era um semi-deus semelhante,porém não totalmente igual,ao Pai.Outro,liderado por Alexandre,ex-bispo de Ário,e por Atanásio,via nisto uma aproximação muito perigosa com o gnosticismo divulgado no Egito.Eles lembravam que a confissão mais antiga dos cristãos dizia que Cristo está em pé de igualdade com o Pai,já um terceiro grupo liderado por Eusébio de Cesaréia(um adulador de Constantino)via neutralidade a questão,e preferia propor com urgência uma declaração que abarcasse os dois lados.O que era para ser apenas uma abordagem da fé para o mundo Greco-romano tornou-se uma sobreposição do helenismo sobre a teologia cristã.Embevecidos pela cultura grega,Ário e seus discípulos não conseguiram escapar à sedução da filosofia gnóstica tão disseminada entre os alexandrinos,para estes,o maior problema da existência humana estava no dualismo idealizado por Platão e aprofundado por correntes posteriores.Era um pressuposto inquestionável acreditar que o espírito(naturalmente bom)e a matéria(naturalmente má)jamais coexistiam em sintonia.Se assim o fosse,o primeiro seria contaminado pelo último.Portanto,o desafio agora era adequar doutrinas judaico-cristãs a este universo de ideias que não admitia a matéria como criação direta de um Deus-Espírito,nem a encarnação como uma realidade tangível.Se Deus houvesse criado o mundo ou se encarnado de verdade,sua divindade estaria seriamente comprometida-pensavam os gnósticos.Assim,modelos alternativos foram criados para acomodar a doutrina cristã a este padrão filosófico,um destes pode ser visto nos manuscritos “COPTAS SAHIDICO”,encontrado por James Bruce,em 1769.Para resolver o problema da existência da matéria que não poderia ser atribuída a um Deus-Espírito,eles diziam que o Altíssimo criou um deus menor que exerceu o papel de artífice(demiurgo)para a criação do mundo.Assim,a matéria veio à existência sem que Deus se contaminasse criando-a diretamente com as mãos.Cristo era este artífice que hoje se faz presente no mundo através do espírito(pneuma)que é sua energia impessoal.O conhecimento disto(gnosiV)é o que salva a humanidade.

CONVOCAÇÃO CONCILIAR

Enquanto o cristianismo apostólico era a democratização do mistério de Deus-conceito herdado do judaísmo-o gnosticismo era a sofisticação do mistério,pois o seu entendimento não advinha de uma revelação mas da compreensão racional dos iniciados que não tinham dificuldades intelectuais para explicá-lo.Para eles,o que fugia à compreensão racional não era doutrina de Deus e isso estava causando uma preocupante divisão no cristianismo do Egito e de Antioquia(cidade natal de Ário).Por isso,Alexandre e Atanásio escreveram cartas  a Roma pedindo um encontro que pusesse termo à questão,Eusébio e seus seguidores também queriam a todo custo pôr fim à disputa,não porque estivessem preocupados com a ortodoxia da doutrina,mas porque temiam que uma divisão,àquela altura dos acontecimentos,fizesse a Igreja perder os privilégios que Constantino estava promovendo.O próprio imperador,ao contrário do que muitos pensam,não tinha interesse algum em promulgar uma doutrina trinitária para a igreja.Bastava-lhe repetir o ato de quatro anos antes,assinar o edito ordenando a todos que adorassem ao Deus-Triúno,ademais,Constantino nem possuía conhecimento suficiente para se posicionar diante da controvérsia que ocupava a teologia grega.Uma carta por ele enviada por meio do bispo Hósio de Córdova confirma seu desconhecimento doutrinário a este respeito.Ali ele afirma que o problema que os bispos estavam discutindo acerca da natureza de Cristo era uma questão sem proveito.Foram os próprios bispos que o convenceram a convocar o Concílio para resolver a questão, e o partido trinitariano de Alexandre,era sem dúvida,o mais fraco de todos.O mais surpreendente é que,protegido pelo imperador,Ário começou de fato,a reconquistar seu poder que perdera e a influenciar a política da Igreja.Eusébio,por sua vez,convenceu Constantino a enviar Atanásio para o desterro e recolocar Ário em seu lugar como bispo de Alexandria-o que quase aconteceu,não fosse o falecimento de Ário na noite anterior à cerimônia de sua envestidura,em 336 d.C.Assim o plano era que o imperador convocasse um novo Concílio corrigindo Nicéia e desse ganho de causa aos arianos.Sob tais circunstâncias,a fé trinitária parecia,se não oficialmente renegada,praticamente condenada,principalmente depois que Constantino declarou seu desejo de ser batizado por Eusébio de Nicomédia num ritual antitrinitariano.A chamada fé nicena só chegou ao fim,porque Constantino acabou morrendo em 22 de maio 337,poucos dias depois de ser batizado.Dois últimos aspectos ainda precisam ser esclarecidos:A grande discusssão do Concílio de Nicéia não era a Trindade em primeiro lugar,mas a natureza de Cristo em relação ao Pai,além disto,é importante notar que o credo niceno não diz nada quanto ao Espírito Santo ser ou não ser uma pessoa.A literatura antitrinitariana se confunde na sequência histórica apresentando como Credo Ciceno o que na verdade seria o Credo Niceno-Constantinopolitano de 381,proclamado depois da morte de Constantino.
CONCLUSÃO
Contudo,vê-se infundada a declaração de que Constantino seria o pai da doutrina trinitária usada para atrair o politeísmo para a Igreja;pelo contrário,vinha de Ário e Eusébio a tentativa de trazer uma doutrina politeísta para dentro do cristianismo,pois estes apresentavam a Cristo como um”segundo deus”menor que o Pai,mas igualmente divino e que se assemelhava muito ao “demiurgo”.Em Nicéia,em todo o caso,a Igreja pelo menos não tentou penetrar o mistério de Deus ou descrevê-lo como o fez Ário,imbuído pela ideia de transcendência vinda da filosofia grega.Esta foi a verdadeira natureza da discussão que de modo nenhum pode ser tomada como a genitora de uma teologia trinitária.

NOTA:
-Uma reprodução da carta de Constantino pode ser encontrada em Eusébio de Cesaréia,Vida de Constantino,II,64-72
-Ário era de Alexandria,pensador e escritor do início do quarto século d.C,o qual negava a eterna preexistência de Jesus Cristo.”Houve um tempo em que Jesus não existiu”,foi a clássica declaração de Ário.Em outras palavras,Ário e seus seguidores sustentavam que Cristo não existia antes de o pai trazê-lo à existência.Os arianos também tem negado regularmente a personalidade do Espírito Santo.

Fonte:

Seminário Adventista Latino-Americano De Teologia,Brasil.Artigo do Doutor em Teologia:Rodrigo P.Silva,na Revista Parousia.

O GNOSTICISMO: O que é o gnosticismo?


Esta palavra tem aparecido ultimamente por causa do Evangelho de Judas,que é de fundo gnóstico.E também por causa do livro”O Código da Vinci”,de Dan Bronn(editora sextante 2004),onde o autor diz que se baseou nos Evangelhos apócrifos e gnósticos de Maria Madalena,Felipe e Tomé,para fazer as suas afirmação contra a Igreja Católica.O gnosticismo está também na base filosófica e religiosa de muitos movimentos e seitas:Nova Era,Espiritísmo,Hinduísmo,Budismo,Cabala etc...
O gnosticismo é uma concepção religiosa muito antiga,antes de Cristo,que veio do Oriente,provavelmente da Pérsia,e que se infiltrou na Igreja gerando uma terrível heresia que foi severamente combatida já pelos apóstolos São Paulo,São Pedro e São João em suas cartas,e também por santo Irinéu(130-200 d.C),no seu famoso livro contra os hereges,Ed.Paulus,Patrística,Vol.4,1995,SP.O gnosticismo acredita que há como que dois deuses:Um deus bom e outro mal,e o mundo teria sido criado pelo deus mal,um deus menor,que eles chamam de”DEMIURGO”,este seria o nosso Deus da Bíblia.Para esta crença,as almas dos homens já existiam em um universo de luz e paz(PLENOMA),mas houve uma tragédia,algo como uma revolta e assim esses espíritos foram castigados,sendo aprisionados em corpos humanos,como em uma cadeia,pelo deus demiurgo,e que os impede de voltar ao estado inicial.A salvação dessas almas só seria possível mediante a libertação dessa cadeia que é o corpo,que é mal,e isto só seria possível através de um conhecimento(GNOSE)secreto,junto com práticas mágicas(Esotérica)sobre Deus e a vida,revelados aos iniciados,e que dariam condições a eles de se salvarem.Por isso os gnósticos não acreditam na salvação por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo;não acreditam no pecado,nos Anjos,nos demônios,e nem no pecado original.Para eles o mal vem da matéria e do corpo humano que são maus.Para o gnosticismo tudo que é material foi criado pelo deus mal,e deve ser despresado,assim por exemplo:O casamento é tido como mal porque através dele o homem(corpo)se multiplica.São Paulo combateu isto em:I Timóteo 4:,tudo que é espiritual teria sido criado pelo deus bom.Segundo ainda o gnosticismo cristão,o Deus bom,supremo,teria enviado ao mundo o seu mensageiro,Jesus Cristo,como redentor(um eow)um(Avatar),portador da gnósis,a palavra revelada a alguns escolhidos e que leva à salvação(libertação do corpo).Jesus não teria tido um corpo de verdade,mas apenas corpo aparente(Docetismo),Jesus teria então um corpo Ilusório que não teria sido crucificado.João combateu isso-João.1:1-4.O gnosticismo também acreditam na reencarnação para a salvação da pessoa.
NOTA:
Essa era a doutrina de Ário,Eusébio e seus companheiros,era essa doutrina que estava em pauta no Concílio de Nicéia(325 d.C)e que fora combatida pela Igreja Católica;mas aos poucos fora se infiltrando em diversas denominações.

Ass.José Oliveira Da Silva


domingo, 27 de abril de 2014

BATISMO: ASPERSÃO OU IMERSÃO?


O batismo nas águas, a imersão, é a forma pela qual está expressa nas Escrituras neotestamentárias, sendo praticada pelos batistas e outros ramos do cristianismo, também pelos pentecostais e seus derivados. Do outro lado, boa parte do protestantismo adota o modo da 'aspersão', isto é, aspergir ou borrifar com água. Afirmam ainda haver 'embasamento' escriturístico quanto à prática aspersionista. Isto é prova de que milhões de pessoas discordam entre si quanto à forma do batismo nas águas se por aspersão ou, imersão.

O autor deste artigo é imersionista e, como tal, tem dialogado como defensor aspersionista assim como tem lido obras em defesa da aspersão. Neste estudo apresento vários textos que um ferrenho aspersionista poderá utilizar contra a imersão para 'provar' (?) a aspersão como uma suposta prática neotestamentária. Nada melhor do que deixar a própria Bíblia responder por si mesma, livre de argumentos filosóficos e malabarismos teológicos. 

Será utilizado o grego do Novo Testamento, o Grego koiné, assim como o Hebraico do Antigo Testamento servindo este como transfundo semítico da ideia ou linha de pensamento dos escritores da Bíblia, afinal, eles eram judeus. O Tanakh - o Antigo Testamento - eram as Escrituras utilizadas pela Igreja nos primeiros anos de sua existência. Importante, então, é saber o significado de uma palavra grega e seu equivalente no hebraico, muito embora a língua aramaica esteja em uso nos dias de Jesus, esta não muda o significado dos termos aqui apresentados. 

 BATISMO: ASPERSÃO OU IMERSÃO?

A palavra "batismo" deriva do grego "baptisma" que consiste nos processos de "imersão, submersão e emerção" (derivado de baptõ, "imergir"). João é chamado de "o batista", isto é, o batizador, por causa de sua relação em "imergir ou mergulhar" as pessoas nas águas. O poeta christão Sedulius, um romano, afirma que "batista é o que mergulha, immerge, o que baptiza; por excellencia, S. João Baptista, precursor de J. Christo."

A palavra "batismo" ocorre 20 vezes no Novo Testamento com mais duas variantes textuais em Mateus 20.22,23.

A palavra "aspersão" deriva do grego "rhantismós" (aspersão) e ocorre 2 vezes nas Escrituras neotestamentárias, a saber, "Hebreus 12.24" e "I Pedro 1.2". O verbo "rhantizõ" (aspergir) ocorre 5 vezes e é a forma mais recente de "rhainõ" (aspergir). O vocábulo rhantizõ (aspergir) ocorre apenas em Mc 7.4; Hb 9.13,19,21; 10.22".

Os verbos "baptõ" (batizar) e "rhantizõ" (aspergir) não são sinônimos e possuem aplicações distintas. O vocábulo "batizar" (baptõ) se refere a "mergulhar/molhar", onde o rico pede a Abraão que Lázaro "molhe" (baptõ= imergir num fluído) a ponta do dedo na água (Lc 16.24). É notável que em lugar algum do Novo Testamento se usa "rhanstismós" (aspersão) ou "rhantizõ" (aspergir) quando o caso é batizar ou imergir na água. O vocábulo "batismo" como já foi dito NÃO DERIVA de 'rhantizõ' (aspergir), mas de "baptõ" (imergir).

O vocábulo hebraico para "imergir" é taba' (imergir, afundar), diferentemente "aspergir" provém do hebraico "zarah" (aspergir, esparramar).

Tendo isto em mente, passo agora aos questionamentos aspersionistas, assim como as devidas respostas aqui elaboradas:

DA ÊNFASE ERRADA SOBRE O BATISMO COM ÁGUA

1. Dizem que Jesus nunca pregou sobre o batismo com água muito menos os apóstolos.

R. É verdade que o centro das pregações do Senhor Jesus e dos apóstolos era o arrependimento do pecador pela exposição das Escrituras, isso ocorre internamente em cada um de nós pela operação do Espírito Santo (João 16.8). Mas desde o príncípio de Seu ministério Jesus (ou os apóstolos) passou a batizar e todos iam ao encontro dEle (João 3.26).

2. Alegam não haver menção de que os escritores do Novo Testamento - com exceção de Paulo - tenham sidos batizados nas águas, pois a Bíblia silencia sobre isso.

R. Tal silogismo é completamente infundado, pois está a equiparar o ministério apostólico com a seita dos fariseus por ensinar e não praticar (Mt 23.3), taxando-os de hipócritas - ainda que indiretamente. Jesus ordenou aos discípulos que ensinassem as nações, quem dentre elas crer, é ordenado que seja batizado (Mc 16.16). Assim, tal silogismo contraria diametralmente o caráter dos ensinos cristãos que é praticar o ensino que se prega.

O BATISMO COM ÁGUA - SINAL DA REALIDADE ESPIRITUAL

3. Dizem que o batismo nas águas é um "tipo" do batismo com o Espírito Santo.

R. De modo algum. O batismo nas águas é um tipo da morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus e do convertido com Ele na sua morte (Cl 2.12). Em lugar algum das Escrituras o batismo com o Espírito Santo tipifica morte, sepultamento e ressurreição. O batismo do Espírito é distinto daquele, sendo uma arfimativa de que o crente é envolvido para dentro do poder do Espírito, um "revestimento" (Lc 24.49). No grego neotestamentário "revestir" é o verbo "enduõ" (ir sob, imergir-se), é descrito como que havendo "rios" (gr. potamoi) de "água" (gr. hydatos) fluindo (João 7.38) do nosso interior. Para esse abastecimento de água em si mesmo, o cristão precisa de "enduõ" (ir sob, imergir-se) no rio dos rios, o "rio" de Deus (Apoc. 22.1). O cristão é, verdadeiramente, imerso (batizado) no Espírito.

OS COSTUMES JUDEUS

4. Alegam alguns aspersionistas que nas catacumbas de Roma há figuras de 'batismo' (?) por aspersão em que a água é derramada sobre a cabeça do batizando.

R. Quanto a isso, o exegeta N. Lawrence Olson explica que "seria muito difícil pintar uma pessoa mergulhada, e que por isso o artista escolheu a atidude que mais lhe servia." Se quando ainda vivos os apóstolos combatiam enxurradas de "heresias" (1 Cor 11.19) que brotavam nos meios cristãos, o que dizer então depois da morte deles? Em razão disso, a forma da aspersão não era universalmente aceita no período pós-apostólico, sendo praticada apenas em casos excepcionais (batismo klinikoi = batismo na cama) e mesmo assim sempre encontrou contestação. Entre os judeus, quando um gentio (um prosélito) se converte ao judaísmo lhe é ministrado um "batismo" (imersão nas águas), tal prática já existia no judaísmo desde tempos imemoriais, eis um comentário rabínico:

"Quando uma pessoa se converte ao judaísmo, ela deve demonstrar através de atos positivos, o seu desejo de mudar de religião. Para ambos os sexos, a imersão em um banho ritual (micvá) tem sido uma exigência antiga. A Bíblia fala sobre a imersão como uma ação necessária para restabelecer o estado de pureza de uma pessoa. Muitos judeus ortodoxos visitam a micvá quando estão se preparando para o shabat e os dias de festa." (Kolatch, Alfred J., Livro Judaico dos Porquês, pág. 318, 3ª Edição, Editora e Livraria Sêfer, São Paulo, SP - Brasil).

Também, quando uma pessoa se converte a Cristo ela é imersa nas águas, a imersão já era adotada pelos judeus e foi com a imersão que João batista apareceu batizando no rio Jordão. A Igreja em seus primeiros anos era composta unicamente de judeus.

O QUE REQUERIA A LEI JUDAICA

5. Alegam que a Lei requeria a circuncisão (Lv 12.3), mandamento que foi cumprido por Jesus aos oito dias de Seu nascimento. Argumentam que um levita para ser consagrado ao sacerdócio se dá apenas com trinta anos (Nm 4.47) sendo borrifado com água para ser purificado (por ser impuro) e tomar um novilho para oferta de seus pecados (Nm 8.8).

R. Os levitas (Jesus não era levita) para serem consagrados ao ministério a Lei determinava os seguintes atos: "borrifa de água, passar navalha sobre sua carne e lavar as vestes" (Nm 8. 7) para se PURIFICAREM. Jesus não era levita muito menos pecador, em razão disso não foi preciso cumprir nenhum desses requisitos de "purificação" (borrifa de água, passar navalha sobre a carne e lavar as vestes), pois seria o mesmo que assinar Seu atestado de impureza, maculado pelo pecado. Um levita deveria ainda tomar um novilho com a sua oblação de flor de farinha de trigo amassada com azeite, e mais outro novilho, por oferta do pecado (Nm 8.8). Jesus, por não ser levita muito menos "pecador ou impuro", não precisou ser borrifado com água e cumprir todas as exigências da Lei. O Sacerdócio do Filho de Deus era completamente distinto daquele. João Batista sabia que "o cordeiro de Deus" era sem mancha e, por isso, não precisava ser borrifado para se purificar, muito menos aparecer com novilho por oferta dos pecados conforme a Lei do levirato. Essa era a Lei que estabelecia o sacerdócio pela linhagem da tribo de Leví, mas que não se destinava a Jesus por ser da tribo de Judá.

O Seu "batismo" (imersão) no rio Jordão era o início de uma nova era, o cumprimento de "toda a justiça" (Mt 3.15) que não pôde ser cumprida pela Torah (Lei), mas pela graça do Filho de Deus , Jesus mostrou isso pela imersão nas águas (mergulhando e ressurgindo) o que denotava o dramático acontecimento de Sua "morte, sepultamento e ressurreição" (Cl 2.12) morrendo em nosso lugar cumprindo assim a exigência da justiça divina. Jesus é o nosso "cordeiro" substituto.


 NAAMÃ E SEU MERGULHO NO JORDÃO

6. Advogam alguns aspersionistas que Naamã desobedeceu a ordem de Eliseu (II Reis 5.10) por ter mergulhado ou imergido (II Reis 5.14) no Jordão.

R. Não é isso que vemos em II Reis 5.14, pois o texto afirma o contrário:

"Então desceu, e mergulhou (gr. bapto) no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus" (...).

Então, Naamã entendeu que o "lavar-se" era por meio do mergulho, o qual é confirmado pelo texto, pois o ato foi "conforme a palavra do homem de Deus", isto é, conforme a intenção do profeta.

A palavra grega bapto (mergulhar) possui o seu equivalente hebraico taba' (afundar):

"Jogou no mar os carros do Faraó e seu exército, e os escolhidos de seus valentes foram submersos (gr. bapto; hebr. taba') no mar Vermelho." (Êxodo 15.4).

O vocábulo grego e seu equivalente hebraico (gr. bapto; hebr. taba') também fala de os pés estarem afundados:

(...) "Teus pés afundam (hebr. taba'; gr. baptõ) na lama e eles se retiram." (Jeremias 38.22).

Como se pode ver, o vocábulo grego "bapto" de onde deriva o termo batismo, se refere a estar dentro e debaixo; mergulhar, afundar.

BATISMO NO MAR E NA NUVEM

7. Questionam o fato de Deus ter batizado Seu povo "no mar e na nuvem", conforme relato de Paulo em 1Coríntios 10.2. Afinal, dizem, se "bapto" significa imergir, afundar, o povo foi imergido no mar?

R. O argumento aspersionista é capcioso. Mas, a ideia do termo "batismo" requer que o batizando esteja no "interior" da água, o que vem a denotar estar " entre, debaixo d'água e ressurgir dela". O batismo cristão é símbolo de "morte, sepultamento e ressurreição" (Cl 2.12). No mar os judeus estavam em lugar fundo rodeados por gigantescas muralhas de águas, por cima havia tão grande e colossal nuvem que os encobriam completamente. Eles estavam no interior das águas, tal como o sepucro de Jesus na rocha escavada. O sepulcro de Jesus era uma caverna em que se podia entrar e caminhar dentro da rocha, assim era a cova (Gn 23.19) que Abraão comprou para sepulcro de Sara, em cuja cova também foi ele sepultado (Gn 25.10).

Para "cova" (caverna), o vocábulo hebraico é me'areh (cova, caverna, covacho, gruta, antro, refúgio). No mar, Deus proveu uma cova ou gruta de águas para refúgio e salvação de Seu povo; nós os cristãos fomos pelo batismo mortos com Cristo e sepultados com Ele em Sua "cova, caverna, sepultura" (Mt 27.60; Cl 2.12) e ao sair de dentro dela também tomamos parte em Sua ressurreição. No mar e na nuvem, os judeus estavam numa cova ou caverna de águas feita pelo Eterno, enaltecido seja Ele. A 'aspersão' (?) de modo algum denota ou transmite a ideia de estar dentro duma cova ou caverna formada por águas; a imersão é o mais puro e real sentido de se estar no interior e coberto pela água. Batizados no mar e na nuvem, significa que os judeus deveriam considerar-se mortos e sepultados quanto à forma de escravidão e vaidades (idolatria) aprendidas no Egito para entregar-se ao único e Soberano Deus. Eles foram batizados no mar, mas saíram do interior das águas para um novo horizonte que Deus lhes abria.

FALTA DE RIO E AUSÊNCIA DA MENÇÃO DE MUITAS ÁGUAS

8. É comum os aspersionistas argumentarem que em Jerusalém não havia rio para os apóstolos batizarem quase três mil pessoas (Atos 2.41), e que as Escrituras não dizem em que lugar de Damasco Paulo foi batizado (Atos 9.18), há o caso de Filipe e o eunuco (Atos 8.36), etc.

R. Estas são as passagens prediletas dos aspersionistas que costumam invocar contra a imersão. Embora não haja rio na cidade de Jerusalém, a mesma era abastecida por vários aquedutos, água era o que não faltava em Jerusalém, além de que havia adicionalmente muitos "tanques" (hebr. micvá) ao pé do monte do Templo para imersão dos judeus nos dias das grandes festas judaicas, foi nesse período de festa que cerca de três mil judeus foram batizados. Nota-se que os judeus fazem menção desses grandes abastecimentos de águas em Jerusalém:

"A Bíblia fala sobre a imersão como uma ação necessária para restabelecer o estado de pureza de uma pessoa. Muitos judeus ortodoxos visitam a micvá quando estão se preparando para o shabat e os dias de festa." (Kolatch, Alfred J., Livro Judaico dos Porquês, pág. 318, 3ª Edição, Editora e Livraria Sêfer, São Paulo, SP - Brasil).

Quanto à conversão e batismo de Paulo em Damasco, é necessário esclarecer que a cidade é banhada por dois rios, um deles se divide em sete braços como em forma de leque. Água também não era problema, em um desses rios foi o apóstolo batizado. Aliás, é contraditório os aspersionistas dizerem "imergir/afundar" (batizar) por "aspergir" (chuviscar).

Quanto ao diácono Filipe ter batizado o eunuco, embora tal passagem não conste em certos manuscritos se faz presente em outros; o modo foi por imersão. O eunuco avistou água suficiente em que pudesse ser imergido:

"E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro e desceram ambos à água, tanto Filipe quanto o eunuco, e o batizou." (Atos 8.36, 37, 38).

Ora, por certo o viajante eunuco levava água de reserva em odres para beber pelo caminho, bastava ele pedir para Filipe pegar um odre de água e derramar um pouco sobre sua cabeça e já estaria 'aspergido' (batizado?)! Por que não o fez? - Porque sabia que um prosélito é imergido:

"Quando uma pessoa se converte ao judaísmo, ela deve demonstrar através de atos positivos, o seu desejo de mudar de religião. Para ambos os sexos, a imersão em um banho ritual (micvá) tem sido uma exigência antiga." (Kolatch, Alfred J., Livro Judaico dos Porquês, pág. 318, 3ª Edição, Editora e Livraria Sêfer, São Paulo, SP - Brasil).

Ele era um prosélito do judaísmo, pois estava voltando da "adoração" em Jerusalém e sabia que estava aderindo e se tornando membro do Corpo dos que creem que Jesus é o Filho de Deus. A forma de exteriorizar sua crença era a tão conhecida pelos prosélitos, a imersão, tal qual havia feito anteriormente quando se convertera ao judaísmo.

O vocábulo hebraico para "imergir" é taba' (imergir, afundar), diferentemente, o termo "aspergir" corresponde ao termo hebraico "zarah" (aspergir, esparramar).

Finalizando, ainda há muitos outros textos que se fossem aqui comentados, alongaria mais ainda este artigo. Creio que os aqui apresentados são suficientes. Para um bom entendedor, nada mais precisa.


JOSÉ OLIVEIRA DA SILVA


Devemos Dançar?O que a Bíblia diz





“Tudo depende do que queiramos ser ou fazer no mundo,” diz certo autor.
Se os jovens tiverem de decidir a questão por si mesmos, a primeira coisa que farão é perguntar que mal faz dançar e por que a igreja adverte contra ela. Porém antes de responder, seja-nos permitido, pelo que isto representa de força e encorajamento, verificar o que dizem sobre o assunto as outras denominações.

A igreja metodista diz: “A dança é prejudicial à vida cristã,” e alerta os seus membros contra ela.

Diz a igreja congregacional: “Resolvido, que na opinião da associação a prática da dança por parte dos membros de nossa igreja não condiz com a profissão religiosa, devendo ser tornada objeto de disciplina.”

A igreja presbiteriana: “Consideramos a prática de dança por parte dos membros da igreja como pasmosa incoerência, e o entregarem-se os chefes de família a tais reuniões dançantes, como tendente a comprometer sua profissão religiosa, e o enviarem os pais cristãos seus filhos a escolas de dança como grave erro na disciplina da família.”
Diz a igreja episcopal, na palavra do bispo A. C. Coxe: “A dança é lasciva.” Mais tarde o mesmo bispo advertiu os dançadores que “contem em não vir à mesa da comunhão.” O bispo Hopkins acrescenta: “A dança é responsável pela dissipação de tempo, a condescendência para com a vaidade pessoal e o incitamento prematuro das paixões, e artifício nenhum pode torná-la condizente com o pacto do batismo.”

A igreja católica romana (Concílio Pleno de Baltimore), diz: “Consideramos ser nosso dever advertir nosso povo contra os divertimentos que possam facilmente tornar-se para eles ocasião de pecado, contra as modalidades de danças que, como praticadas presentemente, repugnam a todo sentimento de delicadeza e decoro, e se fazem acompanhar dos maiores perigos para a moral.”

Não faremos mais citações, mas passamos a expor dez razões pelas quais a dança deve ser condenada. Essas razões são reunidas de muitas fontes que tratam do bem-estar físico, mental e espiritual. Esse número pode ser aumentado. Podeis dizer que são afirmações radicais e prevêem condições que nem sempre procedem. Concedemos que assim seja, mas há que admitir-se também que não há uma só dessas dez proposições que não seja com alarmante freqüência uma verdade.
1. A dança é um estimulo anormal às paixões sensuais. Tenho ouvido apenas dois homens negá-lo, ao passo que centenas têm-no admitido. É evidente que a dança significa uma coisa para os homens, e bem outra para as mulheres. Muitas jovens nobres e de espírito bem dotado amam a dança por sua graça e ritmo. Para estas a dança apela apenas ao senso artístico. Ela apela também aos homens da mesma maneira, mas no que respeita ao sexo masculino não é este o mais forte apelo. Os homens chegam à maturidade em matéria de sexo quando as mulheres nada sabem a respeito. Mas as jovens devem ter conhecimentos sobre o assunto, a fim de poderem sentir em plena força a responsabilidade que repousa sobre elas ao se permitirem na dança o amplexo de rapazes.

2. O estimulo sexual resultante da dança geralmente vem quando é ele mais perigoso. A dança leva milhares de estudantes de escolas superiores, desprotegidos e não preparados, a situações em que não deviam estar. No bom plano de Deus para nossa vida Ele determinou que as paixões sexuais despertem lentamente para que o juízo e a força de caráter sigam a par com elas. Quando verificamos quantas mentes bem dotadas e brilhantes têm sido capazes de dominar todas as forças, exceto os reclamos do sexo, começamos a ver a sabedoria do plano de Deus. O Dr. W. A. McKeever diz: “A nova dança social é uma dança de morte. Jovens adolescentes de quinze anos são forçados pela dança a um intenso desenvolvimento sexual, em vez de experimentarem o despertamento normal, lento, da noção sexual.” Se acrescentarmos a isto os efeitos sobre a mente, teremos chegado mais perto da plena medida de seu significado.
3. A dança mina a saúde pelo menos de duas maneiras. Primeira, quando indevida e prematuramente excita as inclinações do sexo. Segundo, quando conduz a uma atividade anormal pelo manter-se desperto as desoras, associado ao comer e beber indiscriminalmente. Não há atitude mental que tão poderosamente reaja sobre a vida física como o incitamento provocado pela dança. Freqüentemente tem início uma intoxicação em que o corpo é forçado a obedecer aos reclamos de um frenesi mental. Não é pouco comum verem-se moços e moças manterem inconscientemente a atitude como que de sonâmbulos e o balanceado físico da dança em todas as horas e lugares da experiência do dia. A atitude conveniente para a saúde física e mental foi abandonada.

4. A dança debilita a resistência moral. Para que julgueis uma coisa convenientemente, é mister que vejais os seus frutos. Oficiais cívicos e obreiros sociais têm pouco que tratar com a assim chamada “dança respeitável,” mas eles vêem o que salta a cova do basilisco. Jane Addams diz que 85 por cento das jovens caídas citam a dança como o início do seu declínio. O Prof. A. T. Faulkner, que antes de sua conversão era proprietário da Academia de Danças de Los Angeles, disse que de 200 mulheres abandonadas, com quem ele havia falado, 163 atribuíram sua condição a escolas de dança e seus resultados. Jovens nobres tolerarão esta prática?

5. A dança destrói na pessoa o gosto por coisas espirituais. A alma necessita, tanto quanto o corpo, de um clima para viver. Tenho em mente dois quadros contrastáveis. Lembro-me da primeira bananeira que vi em Nova Albany, Indiana. Um de meus paroquiais orgulhosamente mostrou-me em flor. Essa flor era a recompensa de anos de expensas e cultivo. Muitas pessoas vinham para vê-la, pois uma bananeira em flor em Indiana era um acontecimento.
Aqui está o outro lado do quadro. Em junho último, quando no Instituto de Florida, vi ruas de graciosas bananeiras vergadas ao peso de frutos que faziam que as bananas de Indiana parecessem uma simples singularidade. A diferença não estava na espécie, mas no clima. O gosto espiritual é excessivamente sensível. Ele necessita do clima tropical da graça de Deus e da pureza para que desenvolva. Não preciso dizer mais nada. A principal pergunta não é: “Tenho eu alguma espiritualidade?” mas: “Quão bela e abundante é minha espiritualidade?”

6. A dança contribui para o mal do divórcio. Isto ela faz por gerar desejos na vida que não se acomodam à rotina e requisitos morais de uma família bem sucedida, como também pelo criar e perpetuar o terrível trinômio de relação: cinema, novelas e pluralidade de lares. Um lar onde Cristo não está presente está firmado em bases demasiado débeis para que possa enfrentar todos os reclamos da vida familiar e qualquer tentativa para satisfazer esta falta mediante exteriotipações mentais e algumas vezes físicas com lesão da correção moral está fadada a fracasso. Um lar onde Cristo está presente, mas onde não tem todo o domínio, não pode sem prejuízo segregá-Lo de molde a permitir lastro a interesses que Ele não aprova.

7. A dança não dá lugar ao intelecto. Sua predominância é em grande parte devida ao fato de que ela não requer esforço mental para ser planeada. A dança é simplesmente o abandonar-se ao meio de menor resistência em entretenimento. As pessoas intelectuais dançam, está claro, mas não têm de usar sua inteligência para faze-lo. Qualquer pessoa pode ligar o rádio ou por em movimento o fonógrafo. O resto é automático. É pouco razoável apelar tanto para o físico, e não dar à mente e ao espírito uma oportunidade.

8. A dança é arruinadora da modéstia. Jeremias chegou ao máximo de sua condenação à degradação do povo quando declarou que eles não sabiam mais o que era envergonhar-se. Seria difícil imaginar-se coisa mais condenadora. Nós procuramos evitar a vergonha de embaraços por falta de traquejo social, e devemos faze-lo; mas sempre a mais virtuosa e nobre evidência de pureza é o rubor de ressentimento que vem à face de alguém que encontra a sugestão do mal e impureza. A jovem que assim procede pode ir a qualquer lugar com segurança, e ela é dominadora da situação. E o jovem que possui esta qualidade possui o que há de mais nobre e varonil.

9. Os dançadores são egoístas. Nem todos e nem sempre, mas freqüentemente. Eu conheço dois jovens, um casal de irmãos, de um fino lar cristão e educado. O jovem é comerciante próspero, decidiu não freqüentar colégio e gasta bom tempo e bom dinheiro numa vida fácil. Recentemente ele comprou um automóvel do último modelo. Começou a freqüentar bailes. As moças com quem ele dançava estavam acima de qualquer censura, e além do mais ele era o tipo do cavalheiro tanto antes como depois do baile. Parecia ser isto um tempo agradável fora do comum.
Uma tarde sua irmã falou à mãe sobre seu desejo de freqüentar os bailes num clube aonde seu irmão ia freqüentemente. O irmão ouviu o assunto por alto e imediatamente fez um protesto. De qualquer forma, a irmã disse que iria se o irmão fosse, e insistiu para que ele declarasse por que objetava. Finalmente ele declarou com relutância que havia amigos ali com quem ele não desejava que a irmã tomasse contato. Parece-me que tal posição é fundamentalmente egoísta. Que direito tem um rapaz de protestar contra o fato de sua irmã ir a um lugar aonde ele vai e onde convive com moças tão boas como sua irmã?
Isto ilustra apenas um aspecto do assunto. A verdade inteira é muito maior. Se é cristão e altruísta de nossa parte, mercê de nosso amor pelo bem estar do povo, declarar que nada faremos que ponha uma pedra de tropeço no caminho de outros, então deve ser exatamente o oposto quando sujeitamos outros a um grande risco ainda que pelo prazer de apenas uma noite.

10. A dança é o instrumento universal dos ímpios para ajudá-los na execução de toda espécie de ímpios desígnios. O íntimo contato da dança não leva necessariamente uma pessoa a fazer o mau uso dessa intimidade, mas o fato de ser este um dos melhores meios para levar outros ao extravio é significativo. Ele apresenta um fato que os jovens que procuram o ideal cristão devem considerar seriamente.

O fato de que quase universalmente os cristãos educados mantêm um sentimento de dúvida em relação à dança, parece indicar que sua sensibilidade cristã não lhes permite sancioná-la facilmente. Muitos costumavam pensar que a única restrição à dança era o regulamento da igreja, mas desde que a restrição foi removida, estamos vendo mais claramente que nunca, que a verdadeira restrição é a lei da vida.

Estas dez razões são suficientes para dar-nos elementos para pensar neste assunto. Em conclusão, permiti-nos deixar claro nosso propósito. Eu não disse que uma pessoa não pode ser respeitável e dançar: também não disse que os dançadores não possuem norma de correção moral. Sei que pessoas educadas, cultas, finas, dançam. Mas este não é bem o ponto. As pessoas podem ser respeitáveis, moralmente corretas, educadas, refinadas e membros cultos da igreja, e nem por isso serem cristãos no sentido do Novo Testamento. Um cristão é algo além de tudo isto, e é esse algo além que a dança ameaça mais terrivelmente.

Tudo depende do que se deseje ser ou fazer no mundo. Um machado pesado, grosseiro, é muito bom para cortar um grosso tronco, mas se eu quiser cortar um espécime botânico, em finíssimas camadas, terei de usar uma lâmina de barbear bem afiada. Assim é que a mais fina experiência e obras de uma vida cristã esperam pelo espírito que é qual lâmina aguda, e mantém imaculado do mundo. Não há possibilidade de possuir-se o mais alto tipo de gozo e eficácia cristãos sem sacrifício. E sacrifício, devemos lembrar, não é o abandono do mal. Isto é uma necessidade cristã clara e pertence ao senso comum; é o cumprimento de um dever. Sacrifício é deixar o bom para alcançar o melhor. Sacrifício é fazer uma escolha de alvos, e então aceitar a ordem da vida que a escolha do alvo impõe. Na minha opinião, “o mais alto padrão de experiência e o viver segundo o Novo Testamento” requerem o abandono da dança.

A Dança
“O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão nem se entregar a nenhum entretenimento sobre que não possa pedir a bênção divina. Não será encontrado no teatro, no jogo de bola, na sala de bilhar. Não se unirá aos alegres valsistas, nem contemporizará com nenhum outro enfeitiçante prazer que lhe venha banir a Cristo do espírito.
“Aos que intercedem por essas distrações, respondemos: Não podemos com elas condescender em nome de Jesus de Nazaré. A bênção de Deus não seria invocada sobre a hora passada no teatro ou na dança. Cristão algum desejaria encontrar a morte em tal lugar. Nenhum quereria ser encontrado aí, quando Cristo viesse.
“Quando chegarmos à derradeira hora, e nos acharmos face a face com o registo de nossa vida, acaso lamentaremos haver assistido a tão poucas festas? ter tão poucas vezes participado de cenas de inconsiderada alegria? Não haveremos antes de chorar amargamente o ter gasto tantas horas preciosas na satisfação egoísta – negligenciado tantas oportunidades que, devidamente aproveitadas, no haveriam garantido riquezas imortais?
“Tem-se tornado costume que os que professam religião, desculpem quase toda perniciosa condescendência a que o coração se acha ligado. Pela familiaridade com o pecado, tornam-se cegos à sua enormidade. Muitos que pretendem ser filhos de Deus buscam passar um verniz sobre os pecados que Sua Palavra condena, procurando ajuntar algum desígnio de caridade da igreja a suas ímpias festas de beberronias. Tomam assim emprestadas as vestes do Céu para com elas servir ao diabo. Algumas são iludidas, transviadas e perdidas para a virtude por esse desperdícios ao sabor da moda.”
  Mensagens aos Jovens, págs. 396 e 397.

NO CAMINHO DA DISSIPAÇÃO
“Em muitas famílias religiosas a dança e o jogo de cartas são usados como brincadeiras de salão. Alegam que são entretenimentos sossegados, domésticos, que podem ser com segurança usados sob as vistas paternas. Mas cultiva-se assim o gosto por esses excitantes prazeres, e o que era considerado inofensivo em casa não será por muito tempo olhado como perigoso lá fora. Resta ainda ver se há algum bem a colher desses divertimentos. Não dão vigor ao corpo nem repouso à mente. Não implantam na alma um sentimento virtuoso ou santo. Ao contrário, destroem todo o gosto pelos pensamentos sérios e os serviços religiosos. É verdade que existe vasta diferença entre a melhor classe de seletas festinhas e os promíscuos e degradantes ajuntamentos do baixo salão de baile. Todavia, são todos passos na vereda da dissipação.
“O divertimento da dança, segundo é orientado em nossos dias, é uma escola de depravação uma terrível maldição para a sociedade. Pudessem ser reunidos todos quantos, em nossas grandes cidades, são anualmente arruinados por este meio, e que histórias se ouviriam de vidas destroçadas! Quantos, dos que estão agora prontos a defender este costume, se encheriam de angústia e pasmo ante seus frutos! Como podem pais professadamente cristãos consentir em colocar seus filhos no caminho das tentações, assistindo com eles a tais cenas de festividade! Como podem moços e moças trocar sua alma por esse absorvente prazer?”
  Mensagens aos Jovens, págs. 397 e 398.
O. E. ALLISON (Trad. de Carlos Trezza)